Este blog é um espaço de análise e opinião. Da minha análise sobre factos e coisas do dia-a-dia, e da opinião que à cerca delas vou construindo. (antónio casteleiro)           SEJA SOCIAL          PARTILHE este blog           COMENTE individualmente os textos ou passe pelo LIVRO DE VISITAS ...


Home » Planicies

Planicies

Conhecer Portugal - PlaniciesA região das planícies estende-se dos vales férteis do Ribatejo, banhados pelo rio Tejo e conhecidos pela criação de touros e cavalos, às vastas, tórridas e douradas paisagens do Alentejo, que ocupa cerca de um terço de Portugal.

SANTARÉM é a animada capital do Ribatejo: em contraste com o Alentejo, vastas planícies verdes estendem-se a perder de vista, muitas vezes inundadas pelo rio Tejo. Toda a região se orgulha da sua tradição de criar cavalos e touros: as touradas da cidade são famosas, assim como a sua grande feira agrícola anual.

Santarém em si possui igrejas cheias de interesse e o conhecido Jardim das Portas do Sol, jardins rodeados pelas muralhas medievais da cidade, com vistas magníficas sobre o rio e as vastas planícies.

A Golegã é uma vila tranquila que, em Novembro, reúne multidões de entusiastas na colorida feira anual do cavalo.

A grande e fértil planície, conhecida como lezíria, oferece também outros pontos de interesse, como Alpiarça, com a sua bela igreja e a Casa Museu dos Patudos (com uma excelente colecção de arte e azulejos decorativos), ou Almeirim, conhecida pelos seus vinhos e, em especial, a sopa de pedra (uma sopa à base de legumes e carne, criada com base numa lenda sobre um monge que mendigava comida).

No mesmo distrito, não perca Tomar: uma pequena cidade calma com o encanto das ruelas pavimentadas da cidade velha e belos jardins sobre o rio Nabão. Mas a principal atracção é o Convento de Cristo, um mosteiro lindíssimo com igreja, claustros e castelo construídos em diferentes estilos, fundado em 1162 pelo grão-mestre dos Templários.

Perto de Tomar também pode pescar, andar de barco e praticar outros desportos náuticos na grande barragem de Castelo do Bode, rodeada de pequenas aldeias isoladas e florestas de eucaliptos, e pode ir até ao santuário de Fátima, onde se diz que a Virgem Maria apareceu a três pastorinhos e que atrai centenas de milhares de peregrinos por ano.

PORTALEGRE, capital de distrito, fica num dos lados da Serra de São Mamede, uma cadeia montanhosa com uma grande variedade de fauna e flora, parte da qual foi declarada parque natural. Animais como águias, veados e javalis selvagens vivem entre florestas de castanheiros e carvalhos, enquanto megalitos indicam que foi povoada em tempos pré-históricos. Portalegre em si é de origem romana, mas apresenta belas casas do período barroco e da Renascença.

Castelo de Vide, noutra encosta verde da Serra de São Mamede, é conhecida pelas suas águas medicinais desde o tempo dos romanos e o seu castelo, que deu o nome à vila e foi reconstruído em 1310, ficou bastante danificado devido a uma explosão em 1705.

Do castelo de Marvão, espectacularmente empoleirado em escarpas viradas para a Serra de São Mamede e Espanha, podem apreciar-se esplêndidas paisagens sobre as planícies férteis. Esta pequena e tranquila vila medieval está toda rodeada de muralhas, com casinhas brancas que se misturam com o granito das montanhas.

Perto do Crato, cujo castelo permanece em ruínas, o mosteiro e igreja de Flor da Rosa, construídos em 1356, foram transformados numa pousada.

Outros locais a visitar são Alter do Chão, com o seu castelo de cinco torres e portal gótico, e Campo Maior, com a relativamente mórbida Capela dos Ossos, datada de 1766 e cuja fachada é feita de ossos humanos.

Elvas, a poucos quilómetros da fronteira com a Espanha, é um centro movimentado devido a essa proximidade, mas oferece um castelo do tempo dos romanos e dos mouros e um imponente aqueduto do século XVI que rodeia a parte velha da cidade.

ÉVORA, capital de distrito, declarada pela UNESCO, em 1986, Património da Humanidade, mais do que justifica esta escolha: uma encantadora cidade rodeada de muralhas, com uma atmosfera única nas ruelas do centro, cheias de restaurantes e lojas de artesanato, e monumentos históricos como as ruínas do templo romano, o Convento dos Lóios, do século XV (agora transformado numa luxuosa pousada), e a Sé iniciada em 1186, juntamente com as casas de brilhantes arcadas brancas e varandas de ferro forjado em curiosos arabescos.

Uma atmosfera real pode ser respirada em Vila Viçosa, onde um imponente palácio foi iniciado em 1501, sendo possível visitar os salões e quartos de rico mobiliário, salas de armas e do tesouro e um museu de coches.

No Redondo, também conhecido pelo seu vinho, as ruínas do castelo realçam a atmosfera medieval e a sua loiça de barro ainda reproduz jarros e caçarolas dos tempos romanos.

Arraiolos, com o seu castelo do século XIV, é sobretudo conhecida pelos seus maravilhosos tapetes e tapeçarias feitos à mão, enquanto, em Estremoz, uma feira semanal anima esta cidade medieval, dominada pela Torre dos Três Castelos (século XIII) e pelo palácio e castelo.

Beja, capital de distrito, como em alguns locais, a História recua até ao tempo dos romanos, quando se tornou uma capital regional sob o domínio de Júlio César. A arquitectura mourisca é ainda visível nas ruas pavimentadas e casas da cidade velha, e um castelo do século XIII recorda-nos a luta para manter os árabes afastados.

Outro castelo, também de origem mourisca e mais tarde reconstruído pelo mesmo rei Dom Dinis, no século XIII, pode ser visto em Serpa, mas a principal atracção desta tranquila cidade agrícola, igualmente conhecida pelo seu queijo, é a Porta de Beja: imponentes muralhas encimadas por um aqueduto e com duas torres a ladear a entrada guardam o seu acesso.

Serpa fica perto da fronteira com Espanha, e a necessidade de se defender tanto dos mouros como dos espanhóis fez com que se construíssem várias torres e fortalezas ao longo dos montes.

As vinhas em redor da Vidigueira anunciam a sua posição como centro de produção vinícola; o Alentejo produz vários vinhos de qualidade.

Mértola é outro local a não perder: toda a vila é uma espécie de museu, exibindo descobertas de diferentes épocas em núcleos separados, desde os fenícios aos romanos e mouros.

Licença Creative Commons   Este trabalho de Antonio Casteleiro, está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em www.antoniocasteleiro.com

   Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Este blog é um espaço de análise e opinião. Da minha análise sobre factos e coisas do dia-a-dia, e da opinião que à cerca delas vou construindo. Sobre o que escrevo, muitos dos que me lerem estarão de acordo e muitos outros discordarão. Não há mal nenhum nisso. Assim uns e outros saibam respeitar uma opinião contraria. Antonio Casteleiro.