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Montanhas

Conhecer Portugal - MontanhasNo Nordeste de Portugal, esta região montanhosa inclui algumas das suas paisagens mais impressionantes e províncias de hábitos ancestrais, desde o remoto e rude cenário de Trás-os-Montes às tradições e vilas quase medievais das Beiras e à imponente beleza da Serra da Estrela (a montanha mais alta, cujo cume se eleva a quase 2000 metros

BRAGANÇA, é a capital da província de Trás-os-Montes que, como o seu nome indica, situa-se quase isolada na zona montanhosa, sendo a região mais pobre e menos conhecida de Portugal.

Ainda não explorada pelo turismo, oferece cenários belos e selvagens, cidades e vilas cheias de interesse histórico, uma gastronomia regional rica e um estilo de vida ainda marcado pelas tradições. O clima rude, o fraco desenvolvimento e o isolamento da região levaram à emigração de uma parte considerável da população, não obstante, as pequenas aldeias de casas de pedra e vastas extensões desérticas possuem uma beleza austera muito própria.

BRAGANÇA, com a sua cidadela rodeada de muralhas no cimo de um monte, jaz no limite do Parque Natural de Montesinho, que se prolonga até à fronteira com Espanha e constitui uma das zonas mais selvagens da Europa, com as suas montanhas, florestas de carvalhos e espécies raras como lobos, javalis e águias douradas, assim como aldeias de aspecto medieval.

Pequenas cidades como Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta também respiram esta atmosfera de terem parado no tempo, a zona é especialmente bela na Primavera, quando o branco manto das amendoeiras em flor cobre os vales.

Mirandela é conhecida pelo seu presunto e alheiras, mas em toda a região se encontram pratos típicos, à base sobretudo de carne de porco.

VILA REAL, capital de distrito, perto da majestosa Serra do Marão, onde é frequente nevar no Inverno, é uma cidade relativamente pequena mas com um comércio bastante activo, que também constitui um dos pontos de partida para explorar o vale do rio Douro e traçar a rota do vinho do Porto.

Antes, pode-se visitar a aldeia de Bisalhães, com a sua loiça de barro preto, ou o esplêndido Solar de Mateus, com uma arquitectura barroca e jardins de um romantismo clássico (a fachada do solar é a que se encontra retratada nos rótulos do vinho Mateus).

A sul de Vila Real encontram-se as quintas onde se inicia a vida do vinho do Porto: as vinhas, plantadas em terraços, equilibram-se, muitas vezes, ao longo das margens escarpadas do rio. O princípio do Outono é a melhor altura para percorrer esta rota: quase todas as quintas recebem bem os visitantes e estes podem ver os trabalhadores na apanha da uva, cantando enquanto colhem os cachos.

O principal centro nesta região é a cidade de Peso da Régua, mas também não se deve perder Sabrosa, com as suas casas do século XV e vinhas com vista sobre o rio Pinhão.

O distrito também produz outras qualidades de vinho, como é o caso de Mesão Frio, rodeado das encostas imponentes da Serra do Marão, e de Murça, cidade com um mercado animado, também famosa pelo seu mel, queijo de cabra e enchidos.

A norte de Vila Real, a cidade histórica de Chaves é o principal centro: no meio de uma planície fértil, as suas águas termais são famosas desde o tempo dos romanos.

VISEU, é a animada e encantadora capital da Beira Alta, sendo o centro da região vinícola do Dão e também rodeada de belos cenários florestais.

A cidade velha possui monumentos de interesse, como a Sé e o Museu de Grão Vasco, famoso artista do século XVI. Em Agosto e Setembro, realiza-se uma grande feira, mas durante todo o ano a gastronomia é óptima nos seus restaurantes regionais.

No mesmo distrito, Sernancelhe atrai pelas suas pequenas casas caiadas de branco numa moldura granítica e pela igreja de fachada romana, também com estátuas de granito.

A nordeste, o castelo medieval de Penedono, construído sobre rochedos, constitui igualmente um local interessante.

A norte, Lamego, numa região fértil, é conhecida pelo seu vinho espumante (Raposeira), fruta e presuntos. No início de Setembro, realiza-se ali uma grande feira, enquanto peregrinos chegam para visitarem a pequena capela de Nossa Senhora dos Remédios, no cimo de um monte, que é atingida depois de se subir uma enorme escadaria dupla, com 686 degraus e nove terraços esculpidos.

Na vizinhança, a capela de São Pedro de Balsemão é considerada a igreja mais antiga do país, datando do século VII.

GUARDA, no flanco noroeste da Serra da Estrela, a maior montanha do país, é a cidade mais elevada de Portugal, situando-se a 1056 metros de altitude. Foi fundada em 1197 para agir sobretudo como “guarda” fronteiriço (daí o seu nome) e possui um aspecto quase austero.

Dali pode partir-se em direcção a Manteigas, em pleno coração da Serra da Estrela, cujo pico mais alto se eleva a 1993 metros.

Este é igualmente o distrito para efectuar uma volta pelos castelos da fronteira. Quase desde o início da sua História, Portugal tinha uma necessidade premente de se defender dos ataques da vizinha Espanha; assim, vários castelos foram sendo construídos ao longo da fronteira, nomeadamente no século XIII, a maior parte dos quais foram reconstruídos mais tarde, após terem sido parcialmente destruídos pelas ofensivas espanholas e francesas. Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Almeida são bons exemplos desta época da História de Portugal.

Outro castelo imponente e bem preservado pode ser visto no Sabugal, enquanto, em Sortelha, o castelo do século XIII, pequenas ruas de pedra e casas de granito encantam os visitantes.

Em Trancoso, a velha Judiaria, com as suas curiosas casas, recorda os tempos em que uma grande população de judeus vivia ali, na Idade Média.

Mas neste distrito também se pode recuar muito para além dos tempos medievais: nos arredores de Vila Nova de Foz Côa pode apreciar-se a maior colecção mundial de gravuras da Idade da Pedra ao ar livre, no Parque Arqueológico do Vale do Côa. Calcula-se que as gravuras, que retratam cavalos, touros, peixes e um homem nu, tenham sido feitas há mais de vinte e cinco mil anos.

CASTELO Branco, capital de distrito, é uma pequena cidade aprazível, sobretudo conhecida pelo seu Jardim Episcopal, cheio de estátuas barrocas.

A norte encontramos Monsanto, considerada a “aldeia mais portuguesa”: situada numa encosta, as suas pequenas casas típicas e jardins minúsculos parecem esmagados entre grandes rochedos de granito.

Nas proximidades de Penamacor, com o seu castelo do século XII, a Reserva Natural da Serra da Malcata é um dos últimos lugares de refúgio do extremamente raro lince ibérico.

A nordeste de Belmonte, com o seu castelo iniciado em 1266, pode ver-se uma curiosa torre romana, a Centum Cella, ou Torre de Colmeal.

Esta região é dominada pela proximidade da Serra da Estrela, a maior montanha de Portugal, quase toda a mais de 1500 metros de altitude.

A Covilhã é a maior cidade da zona e é conhecida pelos seus têxteis, feitos de lã produzida localmente. É um dos pontos de partida para o Parque Natural da Serra da Estrela: no Verão, os adeptos das caminhadas podem usufruir dos longos trilhos, flora variada e paisagens surpreendentes; as neves do Inverno atraem os esquiadores.

O produto mais famoso desta zona é o queijo da Serra, de grande sabor e ainda produzido de forma artesanal.

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Este blog é um espaço de análise e opinião. Da minha análise sobre factos e coisas do dia-a-dia, e da opinião que à cerca delas vou construindo. Sobre o que escrevo, muitos dos que me lerem estarão de acordo e muitos outros discordarão. Não há mal nenhum nisso. Assim uns e outros saibam respeitar uma opinião contraria. Antonio Casteleiro.