Viajar – uma antiga fantasia
O gosto pela aventura é uma das características mais primitivas do homem. O desejo de andar, ver novos lugares, procurar outras maneiras de viver, tem acompanhado toda a história da humanidade. Vejamos as conquistas marítimas e a exploração do espaço.
É difícil para muitas pessoas, aceitar as limitações impostas, depressão que muitas vezes faz parte da vida rotineira. Uma aventura é procurar o azul | paz ou o verde | liberdade. É uma maneira de experimentar os próprios limites e alargar a plataforma de segurança que cada um tem.
Isso está diretamente ligado a fantasia que cada um faz das viagens, de aventuras. É como se as partes de cada um estivessem espalhadas por aí, e em uma aventura surgisse a oportunidade de se experimentar em situações novas, tentando encontrar e compreender o desconhecido que também existe no mundo interior de cada um.
Viajar, é procurar o máximo de liberdade para tentar reorganizar-se internamente. O lado negativo de uma aventura é o aspeto da fuga, de querer livrar-se de algumas pessoas ou circunstâncias que nem sempre são fáceis de enfrentar. O aspeto positivo, a disposição de suportar a solidão, o novo, e a oportunidade de se autocompreender melhor. Assim, quando se volta ao local habitual – tanto geográfico quanto psicologicamente – é possível mostrar-se uma nova pessoa, ou pelo menos ter uma nova perspetiva do quotidiano.