Parar… para pensar… solidariedade.
A tragédia no Haiti, cujas imagens nos são mostradas pela TV chocam o mais “profundo âmago” da nossa alma, me reportando ao seguinte questionamento: se não temos o poder de evitarmos as fatídicas convulsões da Terra, na acomodação das suas placas tectónicas, será que não teríamos, ao menos, o poder de evitarmos que um povo, seja ele qual for, – de qualquer parte do mundo! – chegasse à tremenda precariedade social, essa, que se deflagra aos nossos olhos amplificada depois da tragédia do Haiti?
Quantas comunidades pelo mundo vivem assim?
O que de facto, “os mais poderosos” estão a fazer (de concreto e absoluto) pela miséria disseminada pelo planeta Terra?
Confesso que embora soubesse que viviam em grandes dificuldades, não tinha nem de longe a ideia do cenário que ora vejo, das dificuldades de infra-estrutura social para enfrentarem o tamanho do triste problema que lá se descortina. Confesso, estou chocado!
É de emocionar como o mundo inteiro tão rapidamente se mobilizou para enfrentar o rescaldo da tragédia, porém meu pensamento vai mais além do que o momento de extrema solidariedade nos mostra.
Qual é o mecanismo histórico que nos permitiu enquanto HUMANIDADE “criar” situações de vivência e de CONVIVÊNCIA tão dissonantes entre os povos, até de um mesmo continente?
Quais são as mãos constroem as misérias… afinal?
Lanço meu presente pensamento aos grandes líderes mundiais, aqueles que dependem “do coração” da consciência… e das mãos de cada um de nós.
Hora de pensar, porque penso que já estamos a perder a hora de agir.
Agora, desesperados, estamos a correr atrás dos nossos próprios prejuízos…