A mentira Natalícia!
Clima é de festa, de alegria, de união, de aconchego familiar. Presentes, doces, vinhos, presépios, árvores… e muitas luzes na cidade. As pessoas – pelo menos exteriormente – mostram-se mais alegres, mais sociáveis, mais acessíveis, mais caridosas.
Festeja-se o nascimento do Rei dos reis, mas nem sempre Ele é o alvo das atenções. Nem sempre, durante os festejos familiares, Jesus é lembrado, glorificado e exaltado. A festa é em homenagem a Jesus, de Nazaré, o Cristo que dos céus desceu, fez-se carne, habitou entre nós, pregou as Boas Novas; foi perseguido, torturado e crucificado; ressuscitou ao terceiro dia.
Muitos iluminam suas casas e suas árvores, bebem e comem fartamente, mas seus corações estão longe de Jesus. Conhecem-NO de ouvir falar. Para esses, Jesus é uma figura distante, presente somente num quadro, numa árvore, num papel. Trocam a verdade do Senhor Jesus pela mentira dos símbolos natalinos: árvores, presentes, velas, sinos, presépios, coroas e um boneco – um velhinho de barbas brancas, conhecido por Papai Noel.
A mentira do Papai-Noel
As crianças desde a mais tenra idade são acalentadas com as cantigas e as mentiras em torno de Papai Noel. Há uma cumplicidade entre os adultos para que a mentira prevaleça. A partir de certa idade a garotada descobre que seus pais mentiram descaradamente.
Muitas crianças são ensinadas a conversarem com Papai-Noel. Desde cedo aprendem a crer naquilo que vêm. Aprendem a acreditar nas mentiras palpáveis. O Papai Noel do Shopping center do bairro fala, abraça, balança a cabeça e dança. Adultas, essas crianças não terão nenhuma dificuldade em reverenciar imagens de homem ou de mulher, e nelas depositarem suas esperanças.
A mentira do Papai Noel tem sido transmitida de pai para filho, sem a menor cerimonia, no seio de famílias que se dizem cristãs. As crianças são ensinadas a venerar um pai chamado Noel que vem do céu com muitos presentes. Jesus condenou os que mentem, quando disse que o dia “é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44). A adoração a Noel insere-se, também, na proibição do Segundo Mandamento: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás” (Êxodo 20.4-5). Os países pobres e subdesenvolvidos do Ocidente assimilaram rapidamente o Papai Noel que os norte-americanos difundiram para ganhar dinheiro com o aumento das vendas: venda do boneco propriamente dito e de uma infinidade de quinquilharias inúteis e supérfluas (coroas, velas, bolas coloridas, árvores, sinos, luzes, musiquetas, etc.).
Origem pagã
No Novo Testamento, em nenhuma parte, há registo de qualquer evento para comemorar ou relembrar o nascimento de Jesus. Por outro lado, nada existe de verosímil quanto à data do seu nascimento. Pode ter sido no mês de Outubro ou no mês de Abril. Os estudos mais sérios rejeitam a hipótese do 25 de Dezembro. Ademais, o importante não é o festejo da data natalícia, mas a aceitação do senhorio de Cristo em nossas vidas. A Enciclopédia Britânica assim diz referindo-se ao dia 25:
“A data catual foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia: a festa mitraica (religião que rivalizava como Cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o natalis invicto Solis (“Nascimento do Vitorioso Sol”) e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a Saturnalia em Roma e os cultos solares entre os celtas e germânicos”.
O mandamento de Jesus foi no sentido de participarmos da Ceia do Senhor, em memória d’Ele, para relembrarmos o significado redentor de Sua morte; para reafirmarmos o nosso compromisso e comunhão com Ele; para nos encher de esperança quanto a Sua volta (Mateus 26.26-29; 2 Coríntios 11.23-26). Nenhum mandamento para festejarmos seu nascimento, com árvores, bonecos, bolas coloridas, uísque e pagode.
A árvore
A árvore do Natal é de origem germânica “e foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Ódin”. Ódin, na mitologia escandinava, era rei dos deuses, deus da guerra, deus da sabedoria, da poesia e da magia. Ora, a árvore de Natal é colocada em lugar de destaque, toda iluminada e enfeitada com capricho, e aos seus pés são depositados os presentes da família. Reverencia-se a árvore. Em muitas cidades, árvores enormes e bem iluminadas são construídas, principalmente nas áreas comerciais, num desperdício de energia e dinheiro. A árvore de Natal passou a ser algo sagrada, indispensável nos lares “cristãos”.
No Natal, as casas são ornamentadas com muitos enfeites, mas os corações dos homens estão endurecidos: “Este povo se aproxima de mim com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim”. Poucos se lembram do homenageado na hora de partir o pão ou o peru, ou na hora do estouro do champanhe. Tudo semelhante a uma festa pagã. O Senhor Jesus fica do lado de fora:
“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele, e ele comigo” (Apocalipse 3.20).
Primeiro, precisamos ouvir a voz de Jesus. Segundo, precisamos abrir a porta. E a Sua voz é esta: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Aquele que disse “Eu sou a ressurreição e a vida” está pronto para ressuscitar a vida de quantos estejam espiritualmente mortos. Ele afirmou: “Aquele que crê em mim ainda que esteja morto viverá”. Alguns dirão: “Eu não estou cansado nem oprimido. Por isso não preciso de Jesus”. É verdade. Muitos estão com o carro novo na garagem; a despensa cheia, a conta bancária com suprimentos; possuem bons amigos, e toda a família está coberta por um bom plano de saúde! Julgam-se revestidos de total segurança. Enganam-se. O corpo pode ir muito bem obrigado, mas a alma está morta, podre, e muitos não se dão conta dessa situação.
Poderíamos admitir a idolatria do Natal e todo esse mundanismo em nome da tradição? Deveríamos continuar a tradição de nossos antepassados? Valeria a pena continuarmos mentindo para nossos filhos a respeito do boneco de barbas brancas e botas pretas? Ouçamos: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs subtilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Colossenses 2.8). E mais: “Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, mas os que agem fielmente são o seu deleite” (Provérbios 12.22).
Abra seus olhos espirituais e contemple não apenas o pisca-pisca das lâmpadas, a iluminação das avenidas, o colorido natalino. Deixe Jesus nascer no seu coração e receba as bênçãos que Ele tem pra lhe dar. As árvores passam; os carnavais passam; passa a mentira do boneco Noel; passa a alegria efémera de uma noitada bem iluminada, regada a uísque importado. Mas Jesus, que não passa, promete aos que O buscam uma alegria que dura para sempre. Para sempre. Eternamente.