Rota dos 20 Castelos
Revivemos a História de Portugal participando numa Rota única onde se desenharam as origens do País.
À volta da maior montanha portuguesa, a Serra da Estrela, encontramos muitas das nossas raízes.
A Rota dos 20 Castelos faz-nos regressar ao início da nacionalidade, ao tempo da definição das mais antigas fronteiras europeias, à época das lutas pela construção de um País e de um Povo.
Não obstante 8 castelos estarem em aldeias históricas, incluímos na rota dos 20 castelos as aldeias históricas Marialva a Norte e aldeia Linda a Velha a Sul. Estando assim a rota das aldeias históricas inserida na rota dos 20 Castelos.
Tendo a nossa viagem como base a visita cultural aos castelos, não podíamos passar ao lado do belo que aldeias históricas onde alguns deles estão inseridos.
Iniciamos a rota pelo Castelo de Belmonte:
Castelo de Belmonte – Belmonte ( aldeia histórica)
Um dos mais emblemáticos Castelos portugueses, o Castelo de Belmonte é tido como o berço de Pedro Álvares Cabral. Posto de vigia do vale do Zêzere, deve a sua edificação a D. Sancho I em 1199, data do Foral da Vila.
Tendo sofrido algumas transições motivadas entre outras razões, pelo Tratado de Alcanizes em 1297, o Castelo de Belmonte é tutelado por vários senhores entre 1392 e 1466, data esta em que Vila e Castelo são doados a Fernão Cabral (pai do Navegador ) por D. Afonso V.
Situado num cabeço fortificado a 615 metros de altitude, a sua Torre de Menagem está adoçada à muralha, datando a construção do edifício no interior do Castelo dos séculos XVII e XVIII.
-: a 30 km
Castelo da Guarda – Guarda
Situado na Cidade mais alta de Portugal, este Castelo encontra-se a 1056 metros de altitude. Castelo do tipo Românico – Gótico, viu as suas muralhas iniciarem a ser construídas nos finais do século XII. Dessa mesma época datam também a construção do primeiro torreão bem como a torre de Menagem. Após sucessivos surtos construtivos ao longo do tempo teve a sua conclusão já no século XV. A este fenómeno se devem as suas características peculiares.
As suas muralhas, envolvendo todo o núcleo populacional medievo, apresentam uma configuração irregular, notando-se também mudanças ao longo dos tempos e consoante as necessidades, na configuração da Torre de Menagem (planta pentagonal irregular) e na Torre dos Ferreiros (planta quadrada) que integra uma porta dupla.
-: a 30 km
Ponte de Sequeiros – Valongo/Sabugal
Sustentada por três arcos, sendo o central de maior diâmetro, apresenta Torres de planta quadrada em ambos os lados e pavimento lajeado com continuidade em calçada. A sua arquitectura é de estilo Românico.
São ainda bem visíveis: A Porta da Erva (ou Estrela) e a Porta dos Ferreiros a Este, a Porta d ’El Rei e a Porta falsa a Norte.
-: a 25 km
Castelo de Sortelha – Sortelha/Sabugal (aldeia histórica)
Castelo Românico e Gótico, com intervenção Manuelina, o seu perímetro urbano é de traçado ovalado irregular. Possui quatro portas, tendo todas elas pormenores de interesse arquitectónico.
O Castelo situa-se num cabeço granítico, sendo inacessível pela vertente Sul.. Tendo como data provável de edificação, 1228, Sortelha talvez devido ao seu Castelo foi elevada a cabeça de Condado durante o reinado de D. João III.
Sortelha é Aldeia Histórica. Em grande parte o deve ao seu Castelo.
-: a 12 km
Castelo do Sabugal – Sabugal
De arquitectura militar Gótica, de perímetro com traçado ovalado irregular e cidadela com dupla cintura amuralhada, com barba cã e cube-los cilíndricos, este Castelo tem afinidades com os de Estremoz, Montalegre e Beja. A particularidade da cintura interior ter cinco Torres, distingue-o dos restantes Castelos da Região.
Pertenceu até 1190 ao reino de Leão. Em 1296, com a Carta de Foral de D. Dinis e o consequente Tratado de Alcanizes passa a integrar o território português tornando-se numa peça fundamental na movimentação geo – estratégica na defesa do Território.
Em 1811 este Castelo é a base de apoio às tropas Luso-Britânicas combatentes à terceira Invasão Francesa, protagonizada pelo General Massena.
Na direcção das sortes do castelo e responsável por obras de realce em 1303 distinguiu-se Frei Pedro.
-: a 19 km
Castelo de Alfaiates – Alfaiates/Sabugal
Com origem provável no século XIII, este Castelo situa-se em local planalto e é delimitado por terreiro e construções rústicas adoçadas a dois alçados.
Teve papel importante em 1811, durante as Invasões Francesas. Ao ver o seu estatuto concelhio extinto em 1836, foi transformado em cemitério sendo o seu alçado principal adornado com cruz e pináculos.
De tipologia Românica – Gótica, a sua Cidadela tem cintura dupla de muralhas, encontrando-se a cintura interior parcialmente destruída
-: a 17 km
Castelo de Vilar Maior – Vilar Maior/Sabugal
Sendo um Castelo tipicamente de montanha, consegue-se dele claramente avistar o Castelo da Guarda. Dominando a vale do Rio Cesarão, a sua edificação é atribuída a D. Afonso IX de Leão, passando a fazer parte do território em 1297, aquando do Tratado de Alcanizes. De estilo Românico – gótico, tem traçado oval irregular com Torre de Menagem de planta quadrada.
-: a 27 km
Castelo de Castelo Mendo – Castelo Mendo/Almeida ( aldeia histórica)
Ocupa um cabeço a 762 metros de altitude, sobranceiro ao ribeiro de Cadelos e ao Rio Côa. Tem integrados dois núcleos urbanos, destacando-se na zona mais elevada o recinto do Castelo.
É um Castelo Românico – Gótico cujas cinturas são de traçado ovalado e irregular, com demarcação da cidadela no primeiro recinto defensivo. A edificação do Castelo data do século XII.
-: a 25 km
Castelo de Castelo Bom – Castelo Bom/Almeida
Oriundo de um antigo Castro ocupado desde a Idade do Bronze, Castelo Bom vê-se incorporado no Território nacional como consequência do Tratado de Alcanizes.
Serviu como abrigo aos governantes da Beira durante as Guerras da Restauração.
A degradação do Castelo deve-se à extinção em 1834 do Concelho de Castelo bom. Ainda se podem ver actualmente os Panos da muralha, a Porta da Vila, o Brasão da Vila, e a Cisterna
-: a 26 km
Fortaleza de Almeida – Almeida ( aldeia histórica)
A história desta Vila remonta ao início da nacionalidade, no entanto o episódio mais marcante decorreu durante as Invasões Francesas. O cerco à Vila pelo exército do General Francês Massena, o bombardeamento e a consequente explosão do paiol que obrigou à rendição das gentes de Almeida, ainda hoje são recordados.
Com tipologia de arquitectura militar, constitui um dos melhores exemplos no Mundo do Estilo Vauban.
Almeida goza do estatuto de Aldeia Histórica.
-: a 28 km
Castelo de Pinhel – Pinhel
Situado no meio urbano, tem perímetro amuralhado envolvendo toda a colina e centro histórico.
Sofreu alterações durante as Guerras da Restauração sendo a sua tipologia actual Manuelina de planta oval.
Em 1810 o Castelo bem como a cidade são ocupados pelo General Francês Loisson.
São actualmente visíveis as Torres de Menagem e Secundária, assim como os elementos Manuelinos que são a Janela Mainelada com arcos e toros entrelaçados, e a Janela de Lintel recto e moldura de meia coroa.
-: a 22 km
Castelo de Castelo Rodrigo – Castelo Rodrigo ( aldeia histórica)
As muralhas do Castelo envolvem a aldeia Histórica. Com uma história conturbada, foi destruído em 1640, por iniciativa popular devido ao facto de ser domínio de apoiantes de Castela. Já em 1762, durante a Guerra dos Sete Anos, este Castelo sofreu a ocupação do exército do Marquês de Soria.
Situado a 810 metros de altitude, o seu traçado é irregular ovalado.
Actualmente podem-se ainda ver as suas três portas: Sol, Alverca e Traição.
Saímos da rota dos castelos e a:
-: a 61 km
Marialva ( aldeia histórica )
Marialva situa-se na parte meridional do concelho da Meda em zona montanhosa e granítica de topografia algo difícil e irregular, descendo até à margem esquerda da ribeira de Marialva.
Constituída por três aglomerados, a Cidadela, o arrabalde e a Devesa; possui actualmente ampla comunicação com o exterior através do troço recém – construído da estrada nacional 324 que liga Marialva à sua sede de concelho, bem como à estrada nacional 102. É por esta estrada que atravessando o concelho de Norte a Sul, se faz a ligação com o Nordeste Transmontano e o Planalto Beirão.
Existe uma fácil acessibilidade a Marialva por via ferroviária através das estações de Celorico da Beira e Vila Franca das Naves. A construção anunciada do IP 2 irá trazer grandes melhorias à acessibilidade a Marialva.
Retomamos a rota dos castelos e a:
-: a 23 km
Castelo de Trancoso – Trancoso (aldeia histórica )
Engloba o centro histórico da Vila. Situado em zona planáltica, a Cidadela está isolada a Nordeste sendo antecedida por um pequeno largo com Cruzeiro. 1159 é a data comprovada da fundação do Castelo.
Por duas vezes oferecida como presente de Reis e Princesas, Trancoso e seu Castelo foram dote de casamento de D. Teresa, mãe do rei fundador, e mais tarde do casamento de D. Dinis com a Rainha Santa.
É de estilo Românico – Gótico.
-: a 20 km
Castelo de Celorico da Beira – Celorico da Beira
Situado a 550 metros de altitude sobre o Vale do Mondego, podem-se de lá avistar os Castelos de Trancoso e da Guarda.
Conquistado aos Mouros por D. Afonso Henriques, tendo o mesmo legado Foral, as obras decorrentes no Castelo são atribuídas aos Templários. Tendo servido de quartel – General às tropas Luso – Britânicas durante as Invasões Francesas, é um Castelo Românico – Gótico com muralha de traçado circular irregular.
-: a 18 km
Castelo de Linhares da Beira – Linhares da Beira / Celorico da Beira (aldeia histórica)
A fundação do Castelo deve-se provavelmente aos Túrdulos em 850 A. C.
Depois de ter sido ocupado por Visigodos e Romanos, foi destruído no século VIII pelos Mouros, ficando-se a dever a sua reconstrução a Afonso III de Leão e posterior reedificação a D. Dinis.
No século XVII instalou-se o relógio da Torre.
Situado num cabeço em contraforte a 820 metros de altitude, domina o vale do Mondego.
O Castelo é de arquitectura Românica e Gótica, de planta irregular constituída por dois recintos amuralhados, sendo o que se situa a Oeste correspondente à Cidadela.
-: a 60 km
Castelo de Avô – Avô/Oliveira do Hospital
A primeira fortaleza medieval foi mandada edificar por D. Afonso Henriques, apesar de D. Henrique, seu pai ter doado Avô ao Bispo de Coimbra.
Em 1856 deu-se a degradação do Castelo tendo muitas cantarias sido utilizadas na construção da ponte de Ribeira de Moura e em obras particulares.
A tipologia do Castelo era Gótica – militar, sendo o seu recinto de forma irregular.
Actualmente ainda subsistem alguns panos da muralha.
a 90 km
Castelo Novo – (Aldeia Historica)
A sua existência remonta a 1223 como se verifica pelo testemunho de D. Pedro Guterri.
De arquitectura militar Gótica e Manuelina, era pólo militar de povoação ( actualmente Castelo Novo é uma das dez Aldeias Históricas), de planta longitudinal irregular ainda é possível reconhecer a Cidadela com duas portas (a Este e a Oeste).
O Castelo de Castelo Novo encontra-se bastante degradado devido a um sismo em 1758 que lhe provocou uma derrocada.
Saímos da rota dos castelos e a :
-: a 58 km
Idanha – a – Velha ( aldeia histórica)
Idanha – a – Velha está situada a 15 km da sede do Concelho (Idanha – a – Nova), a 12 km da aldeia de Monsanto e a cerca de 35 km da fronteira Espanhola. A aldeia de Idanha –a – Velha ocupa uma área de 4,5 Hectares situada em duas pequenas elevações ladeadas a Sudoeste e a Oeste pelo Rio Pônsul.
Localizada num local de grande beleza natural, é dominada paisagisticamente pela fortaleza de Monsanto.
Retomamos a rota dos castelos e a:
-: a 15 km
Castelo de Monsanto – Monsanto/Idanha-a-Nova ( aldeia histórica )
Dominando as planícies que se estendem desde a Serra da Gardunha, o Castelo de Monsanto encontra-se na margem direita do Pônsul e integra a Aldeia Histórica.
Após ter tido existência Castreja, a ocupação de Monsanto remonta aos Visigodos dos séculos V ao XI.
O Castelo de Monsanto sofreu várias mudanças ao longo dos tempos, tendo o seu primeiro Foral sido concedido por D. Sancho I.
Em 1704 é cercado pelo exército Franco- Espanhol e libertado pelo Marquês de Minas. Em 1853 é extinto o Concelho de Monsanto.
A sua arquitectura é militar com três recintos amuralhados, sendo o recinto englobante de traçado ovalado e os outros dois de traçado oblongo (lateral) e traçado rectangular (interior) respectivamente.
-: a 16 km
Castelo de Penha Garcia – Penha Garcia/Idanha-a-Nova
Doada por D. Afonso II à Ordem de Santiago em 1220, Penha Garcia e o seu Castelo ficam situados na encosta Sul da Serra do mesmo nome.
Sobranceiro ao vale do rio Pônsul, numa posição majestática, Penha Garcia viu serem-lhe outorgados sucessivas Cartas de Foral, sendo o Último de D. Manuel I. Tendo sido até aos finais do século XVIII, couto de homiziados, só com a extinção do Concelho em 1836 se inicia o processo de degradação da fortaleza.
-: a 31 km
Castelo de Penamacor – Penamacor
Encontra-se localizado a 573 metros de altitude, num cabeço fortificado entre as ribeiras de Ceife e das Taliscas.
A construção do Castelo e o povoamento de Penamacor datam provavelmente de 1189, data esta em que se deu a doação a D. Gualdim Pais.
A carta de Foral foi-lhe concedida por D. Sancho I em 1199.
A cerca urbana integra a Torre do Relógio e a Casa da Câmara, estando a Torre de Vigia isolada num outeiro rochoso. Contíguos à Casa da Câmara (construída em 1568, sobre a porta de acesso à Vila), estão a Norte um baluarte com cortinas escarpadas integrando duas canhoneiras, a Sul um baluarte parcialmente integrado em afloramento rochosos, e os baluartes conhecidos como Reduto da Cavaleira e do Outeiro, a Norte e a Oeste respectivamente.
-: a 40 km
Para o ponto da nossa partida desta rota dos Castelos ( Belmonte).
Cerca de 700 km a reviver a história de Portugal ( antonio casteleiro)
Nota: Não são muitos km, mas é necessário alguns dias para se apreciar a beleza envolvente.