Sempre tive dúvidas se existe vida após a morte… agora já não tenho.

A vida continua mesmo! De preferência com muitas pompas… para quem puder.

Finalmente chegou ao fim, a inacreditável e histórica saga de passagem… “pós morte” de Michael Jackson, o REI DO POP, com a chegada do tão esperado e mitificado dia do seu sepultamento.

A imprensa não se cansou de noticiar tanto a “causa mortis” (supostamente vinculada ao médico), bem como o custo estrondoso e o suspense em torno do seu sepultamento. Penso… tudo em prol do marketing.

Ouvindo uma frase justificando os custos do féretro, acionei este meu pensamento:

Alguém justificou: “um ser extraordinário, tem que ter um sepultamento extraordinário”.

Hum… de facto. Provavelmente se deva mudar os caminhos depois da morte, quando se morre com o luxo dos reis e dos mitos. Será?!

Pensei no termo “extraordinário” daqui… quando o mérito é ir para o “lado de lá”, sempre tão desconhecido quanto o mistério desta vida, cuja passagem tão rápida muitas vezes não nos é suficiente para se aprender sobre certos valores essenciais ao espírito.

Só o gasto com a segurança do evento (enésimo evento, aliás), quantas bocas não poderíamos sustentar pelo mundo da fome…

Acho que a mitificação desta morte é demais!

Mudem o disco, que coisa mais repetitiva. Mudem de mentalidade.

Se o desrespeito com os vivos está  “pela hora da morte”, que ao menos se respeite os mortos na hora da vida eterna.

Lá no silêncio dos céus… aonde extraordinário é viver em paz… para todo o sempre, longe das insanidades da Terra.