A chegada da(o) amante!
Nos contos da carochinha, depois do casamento do príncipe com a sua amada, sob as bênçãos das fadas madrinhas, as histórias terminam com um ” foram felizes para sempre”. O fascínio pelo sonho de um amor eterno continua presente em homens e mulheres de todo o planeta.
Mas, ao contrário do que desejariam os que embarcam no sonho da união perfeita, princesas e príncipes encantados transformam-se, com frequência, nos sapos e bruxas que dão origem a todo tipo de escândalos, em processos de separação e divórcios que enchem os tribunais cíveis e os consultórios de psicologia de todo o mundo.
Como explicar, então, a indústria do casamento, cada vez mais próspera? O facto é que os casamentos continuam em alta ao mesmo tempo em que as estatísticas apontam para um número cada vez maior de separações.
As uniões que duravam para sempre na geração dos nossos avós têm vida cada vez mais breve. Falta de intimidade, pouco ou nenhum diálogo, tédio e dificuldades do cotidiano acabam com as expectativas da felicidade a dois e abrem espaço para a chegada da(o) amante.
A verdade é que, no complexo universo da vida a dois, existem muito mais mistérios do que supõe a vã filosofia, diria o poeta.
A chegada da (o) amante
Muitos casais permanecem juntos por conveniências diversas, medo de tomar uma atitude ou mesmo inércia. Sem emoção e sem cumplicidade entre os parceiros, o casamento se transforma num contrato a ser cumprido onde uma ou ambas as partes já não se dão ao trabalho de perceber os sentimentos e desejos do outro.
Falta amor e sabedoria na receita desses casamentos onde os ingredientes colocados na relação não satisfazem às expectativas da vida a dois que se desejaria ter. Este quadro de frustrações, ressentimentos e falta de comunicação é o cenário perfeito para a chegada da(o) amante.
Em geral, bonitas (os), atraentes e disponíveis, elas/eles oferecem a alegria e o descompromisso que faltam no cenário doméstico.