O Natal já passou… Ano Novo está a chegar…
Este ano, mais uma vez, e na linha que para se comentar algo com mais verdade, é preciso viver as situações por dentro…. confirmei que nem todos comemoram o Natal.
Católicas ou não, essas pessoas detestam o amigo-secreto e troca de presentes, achando o Pai Natal de shopping e criticam a caridade repentina. Para elas, a data religiosa mais importante do ano transformou-se num espetáculo de consumismo.
Em conversa ou em audição, registámos que alguns, passam-no deprimidos, por conta do “espírito consumista” e da “falsa caridade”. Para eles, o clima é de “compaixão fingida”. “O sentido cristão Natalino perdeu-se faz muitos anos. Outros tantos sentem-se um “peixe fora d´água “.
É frequente ouvir que o natal foi banalizado e tornou-se uma festa para vender. Mas o que mais incomoda é a “hipocrisia” das confraternizações. “Todo mundo finge que está tudo bem, mas é tudo momentâneo. No dia seguinte, vai cada um vai para o seu lado e xau até para o ano”.
Se paramos um pouco a refletir no que se vê e ouve ficamos dececionados com o comportamento humano nesta época do ano, já que são poucas as pessoas que veem o Natal como o aniversário de Jesus Cristo. Há ” falta de amor e solidariedade ” todo o ano, mas existe uma grande faixa de gente que aparece só nesta altura a fazer caridade para se promoverem, como querendo estar na “moda” na decoração, mas não têm sentimentos verdadeiros. “A generosidade deveria ser anual, a vida toda, e não só nesta época”.
Pessoalmente, o que falo do Natal, entre palavras, ideias e solidões, espero brotar leituras e releituras, tonificantes da alma, alegrias para o espírito, contribuições para as mentes.
É o meu estar, é o meu Natal. Um Natal sem lembranças e sem angústias, como quer o Dono da Festa: a cada dia basta o seu cuidado. Não me prendo às saudades nem às preocupações, pois passado e futuro são instâncias infinitamente menores que o presente.
O meu presente é a renovação do olhar e da vida a cada dia, a cada momento, a cada frase, a cada crónica, a cada canção… Minha crónica é um Natal de papel, onde estão escritas algumas e muitas pistas das peripécias do dilema humano. Meu presente é um Natal de papel.
A você que me lê, e a todos, desejo um feliz papel em branco, espaço para você escrever a sua felicidade construída pela felicidade que você proporcionará ao próximo neste Ano Novo que se aproxima…