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Alerta do conflito!

2 Maio 2009 53.448 views Não Commentado

Antonio CasteleiroCerta vez, li que, na Índia, os mestres sempre dizem que os problemas e conflitos são como despertadores que tentam acordar as pessoas para a vida.

Achei muito interessante esta visão, se pensarmos, por exemplo, que a febre é sinal de alerta e, portanto, algo positivo para que cuidemos de nosso corpo.

Aproveitando esta imagem, deveríamos usar um olhar curioso e reflexivo, em situações de conflito, quando determinada dificuldade é vivenciada, na intenção de descobrir o que esta dificuldade está nos querendo mostrar.

Situações de conflito são avisos que a vida nos envia para corrigir algo que não estamos fazendo bem. Talvez, em especial, sabermos assumir a responsabilidade pelas escolhas feitas.

Na realidade, conflitos e doenças guardam muita semelhança entre si. São sinais de emergência para que possamos transformar nossas vidas.

Seria muito mais produtivo, se, nestes momentos, em lugar de desanimarmos, caindo em depressão ou nos revoltando, fizéssemos uma pausa para reflectir sobre os avisos que este impasse está nos enviando.

Com certeza, ele traz em si mesmo um chamado de crescimento.

Alguns escutam e vão atrás de uma resposta, apesar das dificuldades que surgem.

Outros ensurdecem e procuram fora de si as causas, mas não as respostas. Rejeitam o aviso e, só muito depois, podem perceber que a intensidade do conflito, assim como os sintomas na doença física, vai se expandindo e piorando até que se tenha coragem de abrir a porta que leva à sua raiz.

Rejeitar uma escuta à “campainha do conflito”, talvez por medo de perder algo, faz com que o som vá aumentando gradativamente.

Noites de insónia, dores de cabeça constantes, crises alérgicas, gastrites, gripes que se repetem, ansiedade, tudo sinaliza que quanto mais se foge de lidar com o problema, mais ele cresce e se espalha por todo nosso organismo.

O volume da campainha aumenta até que “desperta-dor”. Os analgésicos apenas distraem e permitem que você se engane por mais algum tempo, não restando outra saída senão acordar e encarar o conflito, aceitando possíveis perdas, fazendo mudanças em seu modo de viver, mas gerando uma nova pessoa, bem mais forte e verdadeira