A Verdade Natalícia: Um Convite à Reflexão
O clima de Natal está envolto em festa, alegria e união familiar. As decorações com presentes, doces, vinhos, presépios e árvores iluminadas tornam as cidades vibrantes. As pessoas, ao menos superficialmente, mostram-se mais alegres, sociáveis e caridosas.
Celebramos o nascimento do Rei dos Reis, mas muitas vezes, Ele acaba eclipsado por tradições que não refletem a Sua verdadeira essência. Enquanto nos reunimos para festejar, lembramos que Jesus, o Cristo, nasceu, mas nem sempre é glorificado como deve. Ele desceu do céu, fez-se carne, habitou entre nós, pregou as Boas Novas e, embora tenha sido perseguido e crucificado, ressuscitou ao terceiro dia.
Um Natal de AparênciasEnquanto muitas pessoas adornam as suas casas e árvores, as verdadeiras alegrias do Natal ficam em segundo plano. Para muitos, Jesus é uma figura distante—uma imagem nas paredes ou um símbolo numa árvore. As tradições natalinas frequentemente substituem a reverência a Ele por uma adoração superficial a símbolos como árvores, presentes e um personagem conhecido como Pai Natal.
A Ilusão do Pai NatalDesde a infância, muitas crianças são alimentadas com histórias do Pai Natal, criando uma cumplicidade que transforma a mentira em tradição. Essa figura, que vem do “céu” carregada de presentes, muitas vezes é mais reverenciada do que o próprio Jesus. Essa construção de uma “realidade” em torno do Pai Natal contribui para a desilusão futura das crianças quando percebem a verdade por trás da fábula.
Além de perpetuar uma mentira, a adoração ao Pai Natal insere-se nas proibições das Escrituras, que nos instruem a não criar ídolos. O comércio, impulsionado por essa figura engenhosa, explode durante o Natal, ofuscando o verdadeiro significado da celebração.
Questionando as Nossas TradiçõesNo Novo Testamento, não há registo de celebrações em torno do nascimento de Jesus, e muitas evidências indicam que o 25 de dezembro não é a sua data real. Esta data foi escolhida para substituir festividades pagãs, como o Natalis Invictus e a Saturnália. O que Jesus realmente nos pediu é a participação na Ceia do Senhor, em memória d’Ele.
A Árvore: Um Símbolo AmbíguoA árvore de Natal, originária de rituais pagãos, é frequentemente adorada em lares cristãos. Ela torna-se o ponto central, iluminada e sobrecarregada de presentes, enquanto os corações permanecem endurecidos. A verdadeira mensagem do Natal—de amor, compaixão e reconciliação com Cristo—é muitas vezes esquecida.
É hora de abrir os olhos espirituais e lembrar que a luz do Natal não reside nas decorações ou festas mundanas, mas na aceitação de Jesus em nossos corações.
O Chamado de JesusJesus nos convida a vivermos uma experiência transformadora: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” Muitos, em sua aparente segurança material, podem ignorar essa chamada. A verdadeira necessidade é espiritual, e a alegria genuína que Jesus oferece vai muito além do consumismo natalino.
Poderíamos continuar a perpetuar mentiras em nome da tradição? Valeria a pena esconder dos nossos filhos a verdade sobre o Pai Natal? O desejo de Cristo é que vivamos uma fé autêntica, sem ilusões.
A Verdadeira AlegriaConcluindo, que nossa celebração de Natal não seja uma mera repetição de tradições vazias. Que possamos refletir sobre o que realmente importa e permitir que Jesus nasça em nossos corações. Enquanto tudo ao nosso redor pode ser passageiro, a alegria que vem de Jesus é eterna e inabalável.
A luz do Natal nos chama a ver além das aparências e a redescobrir a verdadeira essência do amor e da comunhão com Cristo. Que esta temporada nos traga renovação, esperança e uma comunhão verdadeira com Ele, que é a razão de nossa celebração.
(António Casteleiro)
” Aceito os ignorantes ! Não aceito os que ignoram a própria ignorância. ” (António Casteleiro)














