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Dicas-De Viagem

26 Outubro 2006 27.570 views Não Commentado

antonio casteleiro“De carro aprecia-se a paisagem, de moto faz-se parte dela”.

A frase é comum entre os que optam – e são cada vez mais – por este veículo para viajar

Fazer-se à estrada numa moto dá-lhe uma mobilidade sem comparações. Pode esgueirar-se por entre o trânsito, andar por ruelas estreitas e estacionar com facilidade. Por outro lado, sem a barreira do vidro dos carros, o contacto com a natureza torna-se mais gratificante e a tradicional cumplicidade entre os motociclistas, que trocam saudações sempre que se cruzam e dicas quando necessário, é garantida.

Mototurismo
Embora não existam dados oficiais sobre o número total de motociclistas portugueses, sabe-se que atinge as centenas de milhares e que aderem cada vez a um conceito de férias denominado de “mototurismo”.

É comum os amantes das duas rodas viajarem em conjunto, pelo que no mototurismo a expressão “três são demais” não se aplica. Na verdade, esse é o número genericamente apontado como o ideal neste tipo de passeios, sendo muito importante conhecer bem os companheiros de estrada e as motos serem compatíveis em temos de consumo, conforto e potência.

Depois, há outras regras a cumprir: definir quem é o líder do dia e a ordem dos restantes veículos. É ainda indispensável manter a distância de segurança e em trajectórias ligeiramente diferentes para que o líder do grupo possa visualizar as restantes motos pelos seus retrovisores. Se leva um “pendura”, este poderá levar umas chaves duplas da moto no caso de se perder as originais.

Quando um veículo pára para abastecer, todos devem fazer o mesmo: é a altura ideal para verificar a pressão dos pneus.

Antes de partir
Antes de uma grande viagem, é imprescindível fazer uma revisão da moto. É aconselhável instalar malas, montar pneus e pastilhas de travão novas, colocar um pára-brisas mais alto e o habitual cadeado.

A bagagem deve conter apenas o indispensável: objectos de higiene pessoal, mudas de roupa, material de campismo (se for o caso) e mapas (os mapas da Michelin on-line são uma boa opção), as luvas e o capacete, que teve ter um autocolante com o grupo sanguíneo do utilizador (aqui há divergências). Durante a viagem, se não conseguir resistir aos impulsos consumistas, não transporte os “recuerdos” consigo, envie para a sua morada tudo o que comprar, na estação de correios mais próxima.

E não se esqueça, uma viagem longa é sempre exigente, por isso é conveniente estar em boa forma e fazer um pouco de preparação física antes de partir.

De Norte a Sul
Quanto aos itinerários, em Portugal o melhor é optar pelo interior: a raia desde o Minho ao Algarve é, diz quem sabe, fabulosa para viajar de moto. As auto-estradas devem ser uma solução de último recurso e o melhor é optar por troços mais sossegados que surpreendem a cada curva. Para lá da fronteira tudo depende da carteira de cada um.

De qualquer modo, seja qual for o trajecto escolhido, já sabe: é importante cumprir os limites de velocidade e não fazer mais do que 800 km por dia.

Como as infra-estruturas especializadas para motociclistas são raríssimas, os motociclistas optam com frequência por ficar alojados em pousadas da juventude  e parques de campismo. Pernoitar em hotéis não é habitual no mototurismo (afinal, a ideia é poder reinventar o roteiro a cada momento), mas no caso de querer mais conforto deve sempre escolher uma unidade com garagem (para evitar surpresas desagradáveis…).

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Baseado no trabalho disponível em www.antoniocasteleiro.com

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Este blog é um espaço de análise e opinião. Da minha análise sobre factos e coisas do dia-a-dia, e da opinião que à cerca delas vou construindo. Sobre o que escrevo, muitos dos que me lerem estarão de acordo e muitos outros discordarão. Não há mal nenhum nisso. Assim uns e outros saibam respeitar uma opinião contraria. Antonio Casteleiro.